A realidade, como a entendemos, é o resultado da informação que chega ao nosso cérebro para depois ser descodificada.
Uma das funções do cérebro, é a de construir uma imagem a partir dos impulsos recebidos de várias fontes (sensores)
Esses sensores, ou sentidos, que temos espalhados pelo corpo, e que transmitem informação sobe a forma de impulsos elétricos através do sistema nervoso.
Visão, audição, tato, olfato são alguns pontos de ligação entre o corpo e o meio ambiente e que através de estímulos externos geram sinais elétricos para serem descodificados em determinadas partes do cérebro, permitindo construir uma imagem da realidade externa ao nosso corpo.
Na construção mental desta realidade externa é importante a informação que temos guardada no cérebro para conseguir interpretar essa mesma realidade.
Esta informação que temos guardada vai ser usada para comparar com a informação agora recebida através dos sentidos.
A Construção de uma Imagem Externa ao Corpo
Realidades são antes de tudo perceções, as perceções da realidade externa ao nosso corpo e das ferramentas internas que temos para lhe dar significados.
É com base nesta ideia de que a interpretação que cada um faz dos mesmos estímulos externos que recebe, que acumulados ao longo de uma vida, depois de processados no nosso cérebro, nos torna únicos;
As respostas que damos ás tristezas e às alegrias da vida é fortemente condicionada pela informação(experiências de vida) que guardamos no cérebro.
Isto torna igualmente a nossa perceção dos acontecimentos à nossa volta, extremamente dependentes da interpretação de cada um de nós faz, tendo em conta as nossas próprias vivências.
É aqui, nas informações que cada um têm guardado no cérebro e que vai usar para comparar com a informação que vêm do exterior do corpo humano, que reside o terreno fértil a alterações comportamentais.
O excesso de informação como arma comunicacional
A visão e a audição são meios importantes que usamos para recolher informação e armazenarmos para futura referência.
São exatamente estes meios que mais condicionam as nossas perceções da realidade, moldando as nossas referências mentais.
Isto é especialmente visível nos meios de comunicação com grandes públicos, onde a mesma mensagem é repetida várias vezes, para ecoar nas nossas mentes e a mensagem ser assimilada mais facilmente pelos nossos cérebros.
Também acontece frequentemente entre pares, que visam condicionar a ação uns dos outros.
É importante por isso o acesso a fontes de informação saudáveis e de qualidade para uma vida saudável.
Assim como é importante ter cuidado com o que ouvimos ou vemos, pois a informação que recebemos por estes meios têm importância na nossa qualidade de vida.
A realidade que julgamos conhecer é condicionada pela informação que detemos para interpretar essa noção de realidade.
Sendo que a realidade é uma construção mental, não deixa de ser uma realidade fora do nosso controlo e da qual somos meros espetadores.
A mensagem que dá conta de problemas
O cérebro humano está treinado para interpretar situações de perigo externo que nos possam por em perigo.
Existem mecanismos internos que são despoletados perante uma ameaça que percebemos como real.
Esses mecanismos passam pela libertação de hormonas e químicos que vão deixar o corpo humano em alerta.
Estas ameaças podem existir de facto, ou podem ser induzidas por comunicação de mensagens com uma componente de medo.
O medo induzido, como técnica comunicacional, é das ferramentas mais usadas e mais eficazes para manter as pessoas ligadas aos conteúdos que estão a consumir.
Realidades paralelas
O ambiente externo ao nosso corpo, está em permanente mudança, muitas vezes não no melhor sentido, e demasiadas vezes não em nosso proveito.
Sendo que nada é estático, tudo se transforma, interpretações de realidades de hoje podem não aguentar o teste do tempo ou podem ser vistas de forma diferente por diferentes pessoas.
O Tempo
Noções que temos dadas como adquiridas, como a noção do tempo, podem ser fortemente condicionadoras das nossas interpretações.
Mas a leitura que o nosso cérebro faz do tempo é antes de mais uma forma segura de interpretar uma dimensão da existência, removendo propositadamente informação.
O cérebro treinou-se ao longo de milhares de anos de evolução a lidar com as várias dimensões da existência.