As redes sociais tornaram-se campos de batalha, onde a compartimentalização do discurso, em caixas de comentários reduzidas, as dificuldades em dar um enquadramento emocional, ao texto escrito … o caldo perfeito para fomentar o conflito.
Apontar “falhas” no discurso de alguém, para depois usar essas pontas soltas para tentar reinterpretar intenções, têm como objetivos ridicularizar a posição inicial, seja através da comédia, seja através da exposição da fragilidade dos argumentos ou do nível de conhecimento que o sustenta.
A reinterpretação do discurso de alguém, permite que seja alterado o significado do que se quer dizer, principalmente se o discurso passar a ter uma carga emocional associada, normalmente assuntos sensíveis para a sociedade.
A alteração do que se quer dizer, têm por objetivo, catalizar emoções em torno de determinados assuntos, dividindo o publico entre os bons e os maus.
A seguir entra-se numa nova fase, a da propagação do ódio, o efeito “arrastão”, partilhando afirmações e comentários, quer eles representem factos concretos quer tenham sido reinterpretados; A veracidade dos argumentos é irrelevante. Tudo o que interessa é radicalizar emoções e posições.
O objetivo destas táticas comunicacionais é quase sempre o mesmo; Permite dar visibilidade a uns, descredibilizando outros, dando-lhes protagonismo permite-lhes crescer, quer em numero de seguidores quer na pretensa credibilidade das suas informações.